AUTOR: IVO MARTINS 
EDIÇÃO: (Cd Liner Notes) Leo Records    DATA: Novembro de 2000 





Se um dia a palavra morrer de tédio, ficamos a saber quando nascemos de facto para as questões do dia a dia. A
experiência desenvolvida actualiza essa imprescindível interrogação. O como ..., o quando ..., o se ..., o que ...,
aparecem em signos exuberantes de uma civilização. A fuga deixou o lugar marcado, na rapidez dos sonhos que
perfazem o sentido tridimensional do corpo. A voz anuncia um regresso. (GRASSLANDS) A liberdade denuncia a
sua propensão para os extremos. No lugar de ninguém, todos nos enganamos. O país dos caminhos (HAPPY
CHINAMAN) . A hiena assassina estava à tua espera por detrás de um monte de destroços fatais. Na atmosfera
circulam os significados de frases sem propriedade registada, os seus autores eliminaram Júpiter na procura
desenfreada de uma nova arrumação das ideias. Risos do planeamento. Ódios das paixões solteiras. O tamanho
horizontal. O sono do peixe. Já fizemos coisas a mais na dureza da cidade em flor (DAO ALCHEMY) .
Relâmpagos sobre os edifícios em cores metálicas. Construções em precipícios. Multiplicações dos orifícios. A luz
que não se deixa olhar. A crise rompe dos interstícios e as células aplaudem. Conversas rápidas (DOWN TO
EARTH) em trânsito apertado. Deixa o sinal fechado no semáforo azul. Horizonte magnético. Velocidade da luz.
Sintomas de uma ausência no crepúsculo dos trópicos cansados. Olhos cerrados. Olhos comidos. Um local
simétrico (QUEENS EXPRESS) projectado por régua e esquadro, entre meridianos e geografias peninsulares
experimentais. A voz buzina atrás de mim tão a oeste. Clima doce. Cosmética aeróbica. Não abandono o meu
palco assim.

-  O teu nome?
-  Artístico?
-  O verdadeiro?
-  O crime recompensa !
Odores parados. O chefe disse: - Não? O restaurante fechou ao som de um tango. 22 horas.

...uma bagatela.



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